Decifrando os Nomes dos Remédios: Uma Jornada da Ciência ao Marketing
Como são escolhidos os nomes dos medicamentos? Descubra o processo por trás da nomenclatura, desde a pesquisa científica até as estratégias de marketing.

A jornada de um medicamento até as prateleiras das farmácias é complexa, e a escolha do seu nome não é exceção. Engana-se quem pensa que é um processo aleatório. Por trás de cada denominação, existe uma combinação de ciência, marketing e regulamentação, visando segurança, memorização e, claro, comercialização.
A Ciência por Trás do Nome
Inicialmente, os medicamentos recebem um nome genérico, baseado em sua composição química. Essa nomenclatura, definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), garante uma identificação universal e padronizada, facilitando a comunicação entre profissionais de saúde em todo o mundo. É o nome pelo qual o princípio ativo é conhecido em pesquisas e estudos clínicos.
Marketing e a Busca pela Marca
Posteriormente, as empresas farmacêuticas desenvolvem o nome comercial ou de marca. Aqui, entram em cena as estratégias de marketing, buscando um nome que seja fácil de lembrar, pronunciar e que transmita, de forma sutil, os benefícios do medicamento. Estudos de mercado e testes com o público são realizados para avaliar a aceitação e a memorização do nome proposto. Ao mesmo tempo, o nome escolhido também deve estar alinhado com a identidade da marca e com a imagem do medicamento.
Regulamentação e Segurança
A etapa final envolve a aprovação do nome pelas agências regulatórias, como a Anvisa no Brasil. Essas agências analisam rigorosamente o nome proposto para garantir que não haja similaridade com outros medicamentos já existentes, evitando possíveis confusões que possam comprometer a segurança dos pacientes. A aprovação leva em conta critérios que avaliam similaridade fonética e ortográfica. Nesse processo, busca-se minimizar os riscos de erros de dispensação e administração de medicamentos.
Em suma, a escolha do nome de um remédio é um processo minucioso, que vai muito além da simples criação de uma palavra. Envolve pesquisa, estratégia e regulamentação, buscando o equilíbrio entre a ciência, o marketing e, principalmente, a segurança do paciente.